DGAE 2019 - 2023

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) não são um documento a mais na já longa série (87) de documentos da CNBB. Não são reflexão sobre determinado assunto ou tema da vida ou ação da Igreja nem algum tipo de aprofundamento.

Elas são diretrizes, não planos. São indicação das direções a ser tomadas, dos grandes objetivos a ser perseguidos, dos impulsos pastorais a ser animados e cultivados. Ao mesmo tempo, definem um quadro de referência de ação que torna possível a compreensão e execução de uma pastoral orgânica ou de conjunto.

As Diretrizes Gerais não são da CNBB, mas da Igreja no Brasil. São definidas pelos bispos em assembleia geral com base em indicações das dioceses, dos organismos nacionais do povo de Deus, dos institutos de teologia e pastoral etc.

A preocupação da Igreja, com as novas diretrizes, não é com a quantidade, mas com a qualidade de cristãos que, tendo feito a experiência do encontro com Cristo, sejam testemunhas da alegria no mundo carente de sentido.  O eixo fundamental das novas diretrizes é a recuperação do sentido da casa da Misericórdia onde moram também a Comunhão e a Caridade. “A imagem da casa da Misericórdia tem um sentido pedagógico e é entendida como lar e espaço de vida”. A casa, no texto das diretrizes, é entendida como comunidade eclesial missionária sustentada por quatro pilares:

Primeiro Pilar: A Palavra – que aprofunda a iniciação à vida cristão e a iniciação bíblica e a ideia de ter comunidades fundadas em torno da palavra;  

Segundo Pilar: O Pão – que aprofunda a liturgia e a busca por viver a espiritualidade rumo à santidade  que nos leva, obrigatoriamente, ao encontro do outro;

Terceiro Pilar: A Caridade – Baseado no que disse Paulo VI na ONU: “Que a Igreja é especialista em humanidade”, o texto das diretrizes aponta a necessidade das comunidades se preocuparem com os que mais sofrem e a defesa da vida em todos os sentidos.  

Quarto Pilar: A ação  Missionária – A exemplo do que pede o papa, o sentido da comunidade se realiza quando ela sai em missão e vai ao encontro das periferias existenciais.

Para mais informações sobre as DGAE, sugerimos essas duas apresentações:



Também indicamos este vídeo:

Subsídio Hora da Família 2020

 NOVIDADE

Encontros Mensais
O subsídio Hora da Família, utilizado em todo o Brasil durante a Semana Nacional da Família, no mês de agosto, agora terá encontros mensais. A partir de 2020, a Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF) irá oferecer um material com encontros para cada mês, além do que é proposto tradicionalmente. Dois encontros já estão disponíveis para ser baixados.

Para o próximo ano, o tema proposto é “Família, casa da Palavra”, em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), as quais propõem como pilares das “comunidades eclesiais missionárias” a palavra, o pão, a caridade e a missão.

A proposta de um subsídio mensal nasce do desejo de aumentar os benefícios colhidos pelas famílias na segunda semana de agosto para o ano inteiro. Também há o desejo de contribuir para com aqueles grupos que já usavam o Hora da Família por sete meses, aproveitando para realizar os encontros mensais nos grupos paroquiais porque não tinham materiais adequados às famílias.  

Encontros disponíveisJá estão disponíveis para download dois encontros do Hora da Família 2020. O primeiro foi preparado para o dia 31 de dezembro, uma celebração da Sagrada Família com o título “A Santidade na Sagrada Família de Nazaré”. O outro é o encontro do mês de janeiro, com o tema “A Festa”.

Link para baixar os dois primeiros encontros mensais.

Humanae Vitae

Resumo esquemático

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CARTA ENCÍCLICA HUMANAE VITAE DE SUA
SANTIDADE O PAPA PAULO VI
SOBRE A REGULAÇÃO DA NATALIDADE - 25 de julho de 1968



I. ASPECTOS NOVOS DO PROBLEMA (2-3)


· rápido desenvolvimento demográfico e, em consequência, as condições de trabalho e de habitação.

· maneira de considerar a pessoa da mulher e o seu lugar na sociedade.

· domínio e organização racional das forças da natureza: em relação ao corpo, à vida psíquica, à vida social e até mesmo às leis que regulam a transmissão da vida.


II. PRINCÍPIOS DOUTRINAIS (7-18)


Uma visão global do homem (7)

· física, psicológica, demográfica, sociológica, espiritual, terrena e sobrenatural.


O amor conjugal (8)

· ordem natural e ordem revelada

· fonte suprema, Deus que é Amor


As características do amor conjugal (9-10)

· humano (não animal); ato da vontade livre

· total (não egoísta)

· fiel e exclusivo – até à morte; compromisso do vínculo matrimonial.

· fecundo – gerar novas vidas

· gera paternidade responsável


· "Paternidade responsável" significa:

· Em relação com os processos biológicos: conhecimento e respeito pelas suas funções.

· Em relação às tendências do instinto e das paixões: domínio exercido pela razão e vontade.

· Em relação às condições físicas, econômicas, psicológicas e sociais:

1. deliberação ponderada e generosa de fazer crescer uma família numerosa

2. decisão, por motivos graves, de evitar temporariamente, ou mesmo por tempo indeterminado, um novo nascimento.


· "Paternidade responsável" implica deveres: para com Deus, para consigo próprios, para com a família e para com a sociedade, numa justa hierarquia de valores.


Respeitar a natureza e a finalidade do ato matrimonial (11)

· A atos sexuais dos cônjuges são "honestos e dignos", mesmo quando infecundos.

· Deus dispôs com sabedoria leis e ritmos naturais de fecundidade.


Inseparáveis os dois aspectos: união e procriação (12)


Fidelidade ao desígnio divino (13)

· um ato conjugal imposto ao próprio cônjuge não é um verdadeiro ato de amor

· um ato de amor recíproco, que prejudique um dos dois aspectos inseparáveis está em contradição com a natureza do homem e com o plano de Deus e com a sua vontade.

· Respeitar as leis do processo generativo, significa reconhecer-se não árbitros das fontes da vida.


Vias ilícitas para a regulação dos nascimentos (14)

· aborto

· esterilização (perpétua ou temporária)

· toda ação que impeça a procriação

      · contracepção não se enquadra em mal menor, pois há uma terceira opção (evitar o ato sexual).


Liceidade dos meios terapêuticos (15)

· Quando o objetivo não é a contracepção em si, mas o salvamento de vidas.


Liceidade do recurso aos períodos infecundos (16)

 · ter relações sexuais só nos períodos infecundos


· Diferença essencial:

1. no recurso aos períodos infecundos os cônjuges usufruem legitimamente de uma disposição natural, como manifestação de afeto e como salvaguarda da fidelidade mútua.

2. no recurso aos métodos contraceptivos eles impedem o desenvolvimento dos processos naturais e rejeitam um dos aspectos da relação conjugal.


Graves consequências dos métodos de regulação artificial da natalidade (17)

· abre caminhos à infidelidade conjugal e à degradação da moralidade;

·  perda de respeito pela mulher

· intervenção das autoridades públicas no setor mais pessoal e mais reservado da intimidade conjugal


III. DIRETIVAS PASTORAIS (19-31)


Domínio de si mesmo (21)

· convicção acerca dos valores da vida e da família

· O domínio do instinto, mediante a razão e a vontade livre (ascese)

· esforço contínuo


· Benefícios:

· desenvolvimento integral da personalidade

·  favorece as atenções dos cônjuges

·  extirpação do egoísmo

· sentido de responsabilidade


Criar um ambiente favorável à castidade (22)

· Reação contra tudo que leva à excitação dos sentidos, ao desregramento dos costumes, à pornografia


APELO AOS GOVERNANTES (23)

· política familiar providente

· educação das populações


AOS HOMENS DE CIÊNCIA (24)

· fornecer uma base suficientemente segura para a regulação dos nascimentos, fundada na observância dos ritmos naturais


AOS ESPOSOS CRISTÃOS (25)

· implorem com oração perseverante o auxílio divino; abeirem-se, sobretudo da Santíssima Eucaristia, da Penitência


APOSTOLADO NOS LARES (26)

· os cônjuges mesmos, comunicar a outros a sua experiência


AOS MÉDICOS E AO PESSOAL SANITÁRIO (27)

· promoverem soluções inspiradas na fé e na reta razão


AOS SACERDOTES (28)

· expor, sem ambiguidades, os ensinamentos da Igreja acerca do matrimônio

· não minimizar em nada a doutrina salutar de Cristo, com paciência e de bondade (29)


AOS BISPOS (30)
· uma ação pastoral coordenada, em todos os campos da atividade humana.



Fonte:http://martyriaeditora.blogspot.com/2017/06/resumo-esquematico-da-humanae-vitae.html

Formação sobre o Método Ovulação Billings (MOB)

Venha conhecer o Método de Ovulação Billings. Esse é o método natural, recomendado pela Igreja, para o planejamento familiar.

Quando e onde? Acontecerá no dia 06 de outubro de 2019, das 08:00 ás 12:30 horas, no CT - Centro de Tecnologia da UFPB - Campus I - João Pessoa - PB (próximo a BR).

Por que participar? Para conhecer e tornar-se um divulgador do MOB.
Como inscrever-se? Acessando pelo computador ou pelo celular, o link  http://twixar.me/rx81

Para quê? Baseado na Carta Encíclica Humanae Vitae do Papa Paulo VI, que trata da Regulação da Natalidade, o MOB pode ser adotado para reconhecer a fertilidade e para quem quer engravidar ou espaçar a gravidez!

Público alvo? Todos os que têm interesse em conhecer mais sobre o MOB, em especial os Agentes da Pastoral Familiar que cuidam da preparação para a vida matrimonial dos noivos.

Quanto custa? Não será cobrado valor pela inscrição. Pedimos que cada participante possa exercitar sua generosidade e sua solidariedade, levando pelo menos um 1 kg de alimento não perecível, cuja arrecadação será doada integralmente a obras sociais.


IV Congresso de Gestão Eclesial (CONGEC)


O Congresso de Gestão Eclesial, promovido pela Arquidiocese da Paraíba, é um evento que vem contribuir de forma decisiva para o aperfeiçoamento e aquisição de novas ferramentas, que qualificam gestores e funcionários da Instituição. Na sua organização administrativa, patrimonial e financeira, a Igreja Católica e seus organismos envolvem ministérios, pastorais e serviços especializados.  Considerando a celeridade na mudança da legislação, as Instituições Religiosas apresentam alta complexidade, no âmbito gerencial, administrativo, jurídico, fiscal e contábil, sofrendo demandas técnicas e operacionais. Portanto, o objetivo do CONGEC é a busca da excelência dos serviços, prestados ao Povo de Deus, no cumprimento da sua missão que é Evangelizar: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura” (Mc. 16, 15).
O CONGEC será realizado, no período de 24 a 27 de setembro de 2019, no Centro de Convenções de João Pessoa - PB e contará com a presença de grandes palestrantes, como Dom Joel Portella, Ir. Afonso Murad, Tânia Bacelar e Pe. Joãozinho, entre outros, sob a coordenação do Mons. Nereudo Freire Henrique, Ecônomo da CNBB. O tema deste congresso será Gestão Eclesial: Impactos da Legislação numa "Igreja em Saída”.

Mais informações e programação completa acesse o site:
https://www.congec.com.br/

Sínodo da Amazônia: Novos Caminhos para a Igreja e para uma Ecologia integral



“Com efeito, sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto!” (Rm 8, 22)
Durante os dias compreendidos entre 06 e 27 de Outubro de 2019 realizar-se-á, no Vaticano, o Sínodo que congregará os Bispos da Região Pan-Amazônica, para refletir e partilhar o seguinte tema: “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. O documento de trabalho deste Sínodo: “Instrumentum Laboris” foi publicado no dia 17 de Junho deste ano. O texto é composto por 147 pontos divididos em 21 capítulos separados por três partes: A primeira parte se titulada “a voz da Amazônia” e tem a finalidade de apresentar a realidade do território e de seus povos. Na segunda parte, intitulada “Ecologia integral: o clamor da terra e dos pobres,” adverte-se sobre a “destruição extrativista”, abordam questões relevantes como “os povos indígenas em isolamento voluntário (PIAV)” e outros fenômenos de interesse mundial, como “a migração”, “a urbanização”, “a família e a comunidade”, “a saúde”, “a educação integral” e “a corrupção”. Na terceira e última parte do documento, encontramos os escritos sobre os desafios e esperanças da região e incentiva a Igreja a ter um papel “profético na Amazônia”, apresentando “a problemática eclesiológica e pastoral” da região.
Seguem abaixo algumas perguntas e respostas sobre esse tema, que poderão dirimir certas dúvidas que possam existir:
  1. Primeiramente, o que é o Sínodo?
A palavra “sínodo” vem de duas palavras gregas: syn”, que significa “juntos”, e hodos”, que significa “estrada ou caminho”. Logo, o Sínodo dos Bispos pode ser definido como uma reunião do episcopado da Igreja Católica com o Papa para discutir algum assunto em especial, auxiliando o Santo Padre no governo da Igreja.
  1. Quais os assuntos serão tratados no Sínodo?
No centro das deliberações será a situação dos povos da Amazônia. O “Instrumentum Laboris” destaca os problemas, que surgem da exploração descontrolada da riqueza natural da Amazônia e afetam a ecologia da Região. Entre os grandes problemas destacam-se os desmatamentos, garimpos descontrolados, grandes projetos hidroelétricos, monoculturas e desrespeito às tribos indígenas, suas culturas e territórios de domínio.
Entre os temas eclesiásticos encontram-se as questões das tradições locais e assistência pastoral no vasto território da Amazônia. Outro ponto, até bastante polêmico é o estudo da possibilidade de, na falta das vocações sacerdotais serem ordenados homens casados, de boa índole moral e provenientes das comunidades locais. Não se pode esquecer que a Igreja sempre cresce e se organiza a partir da Eucaristia. Também devem ser repensadas as funções dos leigos como lideranças nas comunidades, além de ampliar as tarefas destinadas às mulheres.
  1. Quem participará do Sínodo?
Os Bispos Diocesanos de todas as nove províncias eclesiásticas da Região Pan-amazônica, incluindo Bolívia, Brasil, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname. Também participarão alguns membros dos dicastérios da Cúria Romana, membros da eclesial rede Pan-amazônica (REPAM) e representantes do Conselho que prepararam o Sínodo.
Além disso, estarão presentes alguns religiosos que se envolvem pastoralmente na Amazônia, escolhidos pelos Superiores Gerais. O Papa Francisco também nomeou alguns peritos, leigos e eclesiásticos, que ajudarão na redação dos documentos do Sínodo. Terão direito à voz os representantes do “grito do povo” amazonense. O quadro então se completa com os observadores, os delegados das Igrejas Cristas, que atuam na Amazônia e representantes das Instituições e religiões não cristas.
  1. Como trabalhará o Sínodo?
Estão previstos debates, plenárias com a presença do Papa, além dos trabalhos realizados em pequenos grupos de articulação em relação aos assuntos. A tarefa importante de sintetizar os debates cabe ao relator geral do Sínodo, Cardeal Cláudio Humes (Brasil), que é também Presidente da REPAM. Ele terá dois secretários especiais: Dom David Martinez de Aguirre Guinea (Vigário Apostólico de Puerto Maldonado – Peru) e Frei Michael Czerny da Cúria Romana (Dicastério dos Migrantes, Refugiados e Desenvolvimento Integral da Pessoa Humana). Um grande conselheiro que também participará será D. Erwin Kreuter, Bispo Emérito da Prelazia do Xingu do Araguaia (Brasil).
  1. Porque este Sínodo é tão importante para a Igreja?
A Região da Amazônia é chamada de “pulmões verdes do mundo” e por isso é considerado importante em sua influência para o clima de todo o planeta. Assim sendo, todos os abusos ecológicos na Amazônia influenciam negativamente para toda humanidade.
No contexto eclesial, as novas propostas pastorais no território amazonense podem tornar-se modelos para outras Igrejas locais. Com ressalvas é claro, porque não se poderão copiar soluções pastorais na Amazônia em toda a Igreja.
  1. O que acontecerá com os resultados do Sínodo?
Na última semana, os membros do Sínodo trabalharão a redação final do documento, que será entregue ao Santo Padre, o Papa Francisco. Este documento não causará nenhum efeito jurídico. Caberá ao Papa a publicação do documento final, na forma de Exortação Apostólica Pós-sinodal.
Contamos com vossas orações.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/sinodo-da-amazonia-novos-caminhos-para-a-igreja-e-para-uma-ecologia-integral/

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